BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Prestes a completar 54 anos, dia 25 de junho – último domingo deste mês –  o ‘poderoso’ presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL), vive seu inferno astral.

Arthur César Pereira de Lira é advogado, agropecuarista, empresário, filho de político, e um dos ‘donos’ do Centrão, grupo concentra poder no Congresso, independente de quem esteja no Planalto.

Há dois anos e meio presidindo a Câmara, e apontado como criador do Orçamento Secreto, Lira segue firme no comando e pode ser considerado -depois de Lula – o homem mais forte da República.

Nada acontece em Alagoas sem que o grupo político dele tenham conhecimento. Lira foi forte no governo Bolsonaro, e continua dando as cartas no governo Lula.

Mas ninguém esta acima da lei e nem é eterno na política. No caso dos kits de robótica, a PF chegou a Lira por acaso, devido ao rastro deixado por um assessor do PP e aliado do deputado em Alagoas.

PF chegou a assessor de lira ao seguir casal na entrega de dinheiro vivo

 

 

 

A investigação da Polícia Federal sobre supostos desvios em contratos para compra de kit de robótica com dinheiro federal descobriu que o empresário Edmundo Catunda repassou R$ 550 mil à empresa que construiu a casa em que mora Luciano Cavalcante.

Catunda é de uma família alagoana aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), e um dos sócios da Megalic, empresa que ganhou os contratos do kit de robótica sob suspeita de desvios de dinheiro público.

Cavalcante (foto) é o principal auxiliar de Lira, atualmente lotado na Liderança do PP na Câmara, e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança do político, que o acompanha em viagens.

A esposa dele, Glaucia, também já trabalhou para o deputado. Os dois, Catunda e Cavalcante, foram alvos na última quinta (1º) da operação Hefesto, que investiga os crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro nos contratos de kit de robótica custeados com recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Informações em posse da PF mostram que Catunda repassou R$ 550 mil para a Construtora EMG, que ergueu o condomínio onde está localizada a casa de Cavalcante.

Os dados levantados mostram, inclusive, que a conta de energia elétrica da casa ainda está em nome da EMG.

Os pagamentos recebidos pela construtora foram entre abril e outubro de 2020, período em que eram realizados certames para contratação de kits de robótica.

Com Agência Estado