Foto M Rosetti

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com a ausência confirmada de pelo menos quatro dos 13 membros da bancada federal no Congresso Nacional, a Bancada capixaba terá sua primeira reunião com o governo Lula quarta-feira,(15/3) às 17 hs, para discutir apoio ao governo.

Será no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que cuida da relação com o Congresso. Na pauta a definição de quais cargos federais ( da União no ES) a bancada poderá indicar.

As negociações estão sendo feitas com todos os coordenadores das bancadas de cada estado. O governo enfrenta dificuldades para obter apoio no Parlamento. As contas do Planalto indicam que, até aqui, o governo só tem a confiança absoluta de 139 no universo de 513 deputados.

Os mais otimistas avaliam que, somados aqueles que têm mais boa vontade, a conta fecha em 212.

Os números repassados por um nome de alto escalão de Lula a um grupo de empresários foram seguidos do raciocínio que Arthur Lira, presidente da Câmara, já havia feito na Associação Comercial de São Paulo, de que Lula não tem uma base robusta e que é ”complexo negociar”.

Até aqui, as ameaças de não liberar emendas e cargos aos infiéis tiveram o efeito inverso. São devolvidas com um aviso de que a liberação das emendas é obrigação legal. Muitas das emendas são impositivas.

Alguns lembram, inclusive, que o presidente Arthur Lira foi eleito com o discurso de que acabou o tempo em que os deputados ficavam de pires na mão nos ministérios e no Planalto. Agora sem orçamento secreto eles dependem do governo.

A avaliação dos líderes é a de que a relação tem que ser construída em bases muitos diferentes. ”Se o governo insistir na volta do pires, correrá o risco de ser obrigado a recolher os cacos” disse um deputado do PL ao Jornal Valor.

Ausentes – bancada bolsonarista

Da bancada do ES os deputados Evair Melo (PP), ex- vice líder de Bolsonaro na Câmara, Gilvan da Federal (PL), extremista de direita, e os senadores Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Pode) não estão participando das conversas da bancada sobre o apoio ao governo e cargos.

Os deputados Amaro Neto (Republicanos) e Da Vitória também não tem demonstrado interesse em fazer indicações, ao contrário de Gilson Daniel (Pode), Messias Donato (Republicanos) e Paulo Foletto (PSB).

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