BRASÍLIA – Os banqueiros que estão dispostos a darem dinheiro para a reconstrução do Museu Nacional só o farão se o governo demitir o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher. Acham que ele não tem competência para tocar um projeto tão importante.

A decisão foi tomada em encontro com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, os comandantes do Banco do Brasil, do Itaú Unibanco, do Bradesco, da Caixa Econômica Federal, do Santander, do BTG Pactual e do Safra, com o presidente Temer.

“Foi uma conversa amigável, mas firme. Os banqueiros não aceitam rasgar dinheiro”, disse um dos presentes à reunião no Planalto.

Para eles, o ideal seria entregar a administração do Museu Nacional a uma Organização Social (OS), o que o comando da UFRJ repudia, pois considera esse modelo uma espécie disfarçada de privatização, o que não é.

Os banqueiros citaram uma lista de exemplos de instituições que recebem dinheiro do mercado financeiro, são administradas por OS e estão em padrão de Primeiro Mundo. Temer ficou de analisar a posição dos possíveis doadores.

A maior preocupação da UFRJ nos últimos anos foi inchar seu quadro de pessoal. Tornou-se uma grande cabide de emprego, que consome mais de 80% do orçamento.

Sem dinheiro para outras atividades, o patrimônio sob gestão da universidade está se deteriorando. O quadro mais dramático é o do Museu Nacional destruído por um incêndio no domingo ( 02/09).

Com informações do CB