Única mulher da bancada capixaba quer fazer a diferença em Brasília

Reportagem Humberto Azevedo – Edição M.Rosetti 

BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – Surpresa na eleição de 2022 – o nome dela não aparecia entre os favoritos – a deputada federal Jack Rocha (PT) acabou beneficiada pela polarização política e ganhou seu primeiro mandato.

A votação expressiva de Helder Salomão (PT) a ajudou a conquistar a oitava vaga da bancada capixaba. Helder obteve 120.337 mil votos. Jack 51.317 mil votos. Mas não foi só isso.

Ela venceu num cenário extremamente complicado, onde candidatos com mais de 82 mil votos, como Renzo Vasconcelos (PSC), ficaram pelo meio do caminho, junto com outros que gastaram mais de R$ 3 milhões na campanha. Jack gastou R$ 423.611,43 (fonte TSE).

Ela ainda teve mais votos que Paulo Foletto (PSB), com quatro mandatos de deputado federal, e Messias Donato (Republicanos), que tinha a prefeitura de Cariacica na sua mão. Foletto somou 48.776 mil votos, e Donato 42.640.

Presidente do diretório estadual do PT/ES, Jack explica nesta entrevista para a AGENCIA CONGRESSO como pretende priorizar pautas voltadas às mulheres como o combate a feminização da pobreza.

Vai atuar também pelo desenvolvimento regional sustentável dos pequenos municípios. Novata, ela mostra conhecimento sobre as pautas que promete defender.  

 A feminização da pobreza pode ser definida como um processo que começa quando a mulher com filhos passa a não ter mais o companheiro morando sob o mesmo teto. Ela tem que se responsabilizar pelo seu sustento e filhos

“Nós parlamentares de primeiro mandato acabamos por tomar a configuração de como é o funcionamento da Casa. Eu tenho uma equipe extremamente eficiente, que dialoga e que dá conta das demandas, mas eu sei que eu preciso ter mais pessoas porque eu quero prestar um serviço de qualidade”, disse. 

A legislação permite que cada parlamentar possa contratar entre cinco e 25 pessoas limitado ao valor de R$ 118.376,13 por mês. 

Objetivos do mandato 

“O nosso mandato tem o objetivo de ajudar primeiramente o combate a feminização da pobreza. O que isso quer dizer: tornar as mulheres protagonistas dentro do orçamento público e que as políticas públicas que a gente tem de combate à fome, a pobreza, [de inclusão] à saúde, a educação possa atingir aquelas que são mais de 50% da população brasileira”, contou. 

“Vamos subscrever o projeto não é não [e demais] projetos que foram apresentados pela bancada feminina, e retomar as frentes parlamentares [em apoio às comunidades] quilombolas, antirracismo etc. (…) Agora, eu quero levar muito para o Espírito Santo um olhar do que é o desenvolvimento regional sustentável. A gente precisa ter um olhar especial para os pequenos municípios abaixo de 100 mil habitantes, que tem entre 5 a dez mil, que é a realidade [da maioria da população] não só do Espírito Santo como do Brasil”, complementou. 

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“Eu falo também do processo de retomada da repactuação, que nós precisamos discutir para que os impactos do que aconteceu em Mariana (MG), principalmente, da lama, eu nasci numa cidade que foi atingida: Colatina […] para ser uma esperança para boa parte da bacia do Rio Doce, não só dos munícipes que estão ali, mas até para os gestores públicos que estão ali poderem retomar os investimentos que eram para ter sido feitos naquela região. Essa questão ambiental sempre está no nosso radar”, finalizou. 

Assessores contratados pela deputada, até o momento 

Fonte Camara.leg

Jackeline Oliveira Rocha, conhecida como Jack Rocha (Colatina, 26 de agosto de 1983) é uma ativista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente é deputada federal pelo Espírito Santo. Foi Secretária de Municipal de Imprensa de Colatina em 2005.

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