BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO –  Quase quatro meses após o início do ano legislativo no Congresso, o governo Lula (PT) enfrentará nas próximas duas semanas uma série de pautas que representam o primeiro teste de relevo de sua base na Câmara dos Deputados e no Senado.

Entre outros pontos, serão votadas as primeiras medidas provisórias importantes editadas por Lula —sete delas precisam ser analisadas até 1º de junho para não perderem validade— e o novo arcabouço fiscal proposto pelo Planalto com votação prevista para esta quarta-feira (24).

O choque de realidade chega após uma expressiva vitória no requerimento de urgência do arcabouço, quando 367 deputados concordaram em acelerar a tramitação do projeto, evitando que ele passe por comissões na Câmara e permitindo que seja avaliado diretamente no plenário.

O placar folgado —foram apenas 102 votos contrários— levou uma ala do governo a propagar a solidez da base conquistada a partir da distribuição de emendas, cargos e ministérios a partidos de centro-direita como União Brasil, PSD e MDB.

A vantagem, no entanto, deve se manter circunscrita a reformas econômicas de agrado do mercado e do centrão, avaliam aliados.

O primeiro recado foi dado na Câmara em 3 de maio com a votação do projeto de decreto legislativo que sustou parte das alterações no saneamento feitas pela gestão petista.

CARGO E EMENDAS

O governo federal já liberou para pagamento, ao longo dos primeiros dias de maio, R$ 1,3 bilhão em emendas parlamentares, segundo dados do Siga Brasil.

O valor é equivalente a 81% dos recursos que já foram compremetidos para distribuição em 2023.

Os recursos são de emendas de bancada partidárias e individuais — que são impositivas, isto é, o governo é obrigado a pagar.

Já com relação a cargos a situação é mais lenta, na medida em que os indicados passam por uma triagem ‘ideológica’ imposta pelo PT.

São nomes indicados por deputados bolsonaristas, ou como preferem ser chamados ‘independentes” que só admitem votar com o governo, caso suas emendas e cargos sejam liberados.

Com G1)