Parlamentares são grandes propagadores de desinformação, na medida em que não tem isenção para avaliar seu trabalho

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O relator do PL das Fakes News, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), cedeu a pressão de parlamentares evangélicos, de maioria bolsonarista, e mudou seu relatório.

Ele garantiu imunidade parlamentar como se desse uma autorização para que os parlamentares, que são grandes propagadores de desinformação, continuem usando suas redes para distribuir desinformação.

Mais de 100 Organizações da sociedade civil e entidades acadêmicas que integram a Sala de Articulação contra a Desinformação (SAD) condenaram a concessão feita.

Para as entidades, estender imunidade parlamentar para as redes sociais e em nome da liberdade religiosa é isentar as igrejas de punição.

Uma dessas entidades é o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Segundo a coordenadora executiva Ramênia Vieira, um documento detalhado sobre o parecer apresentado para o PL das Fake News será divulgado em breve.

Mas adiantou à Agência Brasil algumas críticas ao texto. Entre elas, a questão da imunidade parlamentar, que poderá ser estendida a conteúdos publicados por deputados e senadores em redes sociais e em mensagens privadas.

“A gente já percebeu que, dentro da Câmara dos Deputados, está bem difícil de debater essa questão”, disse.

Ela afirmou que essa garantia de imunidade cria uma categoria de usuários acima do restante da população.

Muitos parlamentares mentem em seus posts, aumentam o resultado de suas ações e enganam o eleitor