Deputado Felipe Rigoni (AGC)

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Para o deputado federal do ES Felipe Rigoni (PSB), ontem (30/3) foi o Dia do Fico, o dia em que as forças armadas do país disseram que ficam com a Constituição. E que não entram em projeto autoritário de ninguém.

Os comandantes do Exército, Edson Pujol, da Marinha, Ilques Barbosa, e da Aeronáutica, Antonio Carlos Bermudez, foram demitidos por ordem do presidente Jair Bolsonaro.

Mas eles já haviam decidido entregar os comandos em solidariedade ao general Fernando Azevedo e Silva, demitido na véspera do Ministério da Defesa por, supostamente, não dar o apoio militar que Bolsonaro desejava.

Walter Braga Netto, o novo ministro, convocou os três para uma reunião na manhã de ontem. Parecia que era para tentar dissuadi-los. Mas já chegou com as ordens de demissão.

Veja a entrevista que Rigoni concedeu por telefone para a AGENCIA CONGRESSO, hoje dia 31 de março:

Brasil corre risco institucional após tentativa de Bolsonaro de enquadrar forças armas?

País não corre risco porque as foças armadas disseram com muita clareza que não entram em projeto autoritário de ninguém. Alto comando não entra neste projeto, estão cumprindo o papel constitucional. Ontem foi Dia do Fico, as forças armadas disseram que ficam com a Constituição, com a democracia.

Emendas parlamentares da Comissão de Orçamento podem ter sido usadas para eleger Arthur Lira presidente da Câmara?

Infelizmente é natural que numa eleição para presidência da Câmara, quando o candidato tem o apoio do governo, isso acontece. Mas o orçamento atual fura o teto de gastos, terá que ser revisto, sob pena de permitir ‘pedaladas fiscais’, que é crime de responsabilidade.