BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com a denúncia por corrupção passiva tramitando na Câmara, o presidente Michel Temer reforçou a liberação de verbas para parlamentares. Mas nem isso conteve o PSDB.

O presidente agradar a base de apoio que vai julgar pedido de abertura de processo contra ele. Apenas em junho, o governo empenhou mais de R$ 1,8 bilhão em emendas. O valor supera o empenhado pela presidente cassada Dilma Rousseff para tentar barrar o impeachment no ano passado.

De janeiro a maio deste ano, o governo havia empenhado R$ 102,5 milhões em emendas. O valor total previsto para este ano é de R$ 6,3 bilhões.

A liberação desses recursos é considerada uma espécie de “moeda de troca” entre o Palácio do Planalto e o Congresso, e costuma ser usada pelo governo para garantir apoio em votações importantes.

Para barrar o seguimento da denúncia, Temer precisa do voto de pelo menos 172 dos 513 deputados.

O problema é que o custo está ficando muito alto, principalmente para quem vai disputar a eleição do ano que vem.

Abraço do afogado
Como as denúncias contra Temer não param de chegar, seus aliados começam a debandar, como acaba de fazer o PSDB.

Preocupados com a eleição de 2018, nenhum partido quer sofrer o desgaste de carregar o caixão do PMDB.

Líder do governo no Congresso, o deputado André Moura (PSC-SE) nega que a liberação das emendas tenha como objetivo ajudar Temer a derrubar a denúncia.

“Se toda vez que o governo liberar as emendas impositivas se entender que é um jogo de ação política para a cooptação de parlamentares, para qualquer que seja a votação, então nós não vamos mais poder liberar nada”, disse.

Com informações do CB

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