BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, para o 3º mandato como presidente da República, e de Renato Casagrande (PSB), para o 3º mandato de governador do Espírito Santo, representou a vitória da democracia sobre o ódio.
Os dois lutaram contra campanhas – nacionais e estaduais – de mentiras, baseadas no uso permanente de fake news pelas redes sociais e nos programas eleitorais, o que deixou o eleitor confuso. Mas prevaleceu o bom senso e a verdade.
Aos 77 anos, petista venceu Jair Bolsonaro numa campanha marcada por uma polarização histórica. Bolsonaro é o 1º presidente que não consegue se reeleger desde a redemocratização, apesar do uso escancarado da estrutura de governo.
Lula que venceu o primeiro turno com mais de 6 milhões de votos, ganhou o segundo turno com pouco mais de 2 milhões. O governo jogou pesado para derrotar o petista mas não conseguiu.
SUSTO NO PRIMEIRO TURNO
No ES, Renato Casagrande fez uma campanha para liquidar a fatura no primeiro turno. Mas acabou surpreendido pelo crescimento do adversário de carona na imagem do presidente Bolsonaro.
Mas durante o segundo turno o bolsonarismo perdeu força, não só no ES, mas no Rio Grande do Sul, Alagoas e Rondônia, onde candidatos apoiados por Bolsonaro foram derrotados.
Casagrande correu atrás do prejuízo e conseguiu retomar o controle da eleição, sendo eleito com 53,8% do votos contra 46,2% de Carlos Manato (PL).
Esta foi a primeira vez em 28 anos que uma eleição para governador do Espírito Santo foi resolvida em segundo turno. O ES foi o primeiro estado do país a concluir a totalização dos votos.
Casagrande foi eleito com 1.171.288 (53,80%) votos válidos. Manato recebeu 1.006.021 (46,20%) votos.
No total, Bolsonaro recebeu 58,04% dos votos no Espírito Santo e Lula, 41,96%.
No país, a disputa foi mais acirrada. Com quase 100% das urnas apuradas, o presidente eleito havia recebido 50,90% dos votos e Bolsonaro, 49,1%.
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