Até dia 27 de dezembro general ainda acreditava que Bolsonaro poderia permanecer

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O principal alvo da Polícia Federal, neste momento, na investigação sobre a suposta tentativa de golpe no Brasil, é o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, segundo a colunista Malu Gaspar, do GLOBO.

Os investigadores acreditam que há indícios de que ele teve papel decisivo na coordenação, mobilização e arrecadação de recursos para os ataques que resultaram na invasão da sede dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado, após o fracasso da trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os elementos coletados está uma troca de mensagens em 27 de dezembro de 2022 em que Braga Netto é questionado por um assessor de Jair Bolsonaro, Sérgio Rocha Cordeiro, para quem poderia enviar o currículo de uma mulher para trabalhar no governo.

Faltavam poucos dias para a posse de Lula, que já havia sido homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas Braga Netto respondeu: “Se continuarmos, posso mandar a Sec. Geral. Fora isso, vai ser foda”.

Para a PF, a mensagem é um sinal de que “os investigados ainda empreendiam esforços para tentar um golpe de Estado e acreditavam na consumação do ato, impedindo a posse do governo legitimamente eleito”.