BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A eleição municipal deste ano mostrou que a eleição de 2018 foi um ponto fora da curva, quando se votou de qualquer jeito em gente despreparada apenas para tirar o PT do poder.

O Brasil que sai das urnas nas eleições municipais de 2020 é muito diferente. O eleitor optou pelo centro, pela moderação, e as centenas de militares e evangélicos que concorrerem deram com os burros n’água.

Há dois anos o eleitor rompeu com a política tradicional e fez uma aposta radical, e pior, Ideologicamente radical na direita, o que causou muitos problemas para o Brasil, e até deixou em risco nosso processo democrático.

O número de eleitores que não compareceu às urnas, domingo 29, para votar no segundo turno no país foi recorde nessas eleições municipais. Teve casos em que o eleitor teve menos votos que as asbtenções.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 29,47% dos eleitores deixaram de votar no segundo turno —o equivalente a mais de 11 milhões de pessoas.

A abstenção foi recorde também em capitais como Rio de Janeiro (35,45%) São Paulo (30,7) e Goiânia, onde o candidato eleito, Maguito Vilela, teve menos votos que as abstenções.

Mas as abstenções chamaram a atenção. Ele teve menos votos do que o número de eleitores que não foram votar. Entre os índices registrados nas capitais, Goiânia teve o maior do país.

Com 100% das urnas apuradas, Maguito teve 277.497 votos. As abstenções foram 356.949, o que equivale a 36,75% do eleitorado.

Goiânia registrou índice superior a cidades como São Paulo (30,81%), Rio de Janeiro (35,45%) e Porto Alegre (32,76%).

Fantasma do PT imperou nesta eleição. Partido não venceu em nenhuma capital

PT PERTO DO FIM

O PT não elegeu ninguém em uma capital pela 1ª vez desde a redemocratização. Desde as denúncias de corrupção e prisão do ex-presidente Lula, o partido só perdeu credibilidade.

As apostas do 2º turno eram: Marília Arraes, em Recife (PE); e João Coser, em Vitória (ES). Perdeu nas duas.

Neste ano, 57 municípios tiveram 2º turno. O partido tinha 15 nomes na 2ª rodada de votação. Nas últimas eleições municipais, também foram 57 as cidades que definiram os prefeitos no 2º turno.

O PT disputava em 7. Era o ano do impeachment de Dilma Rousseff e auge da Lava Jato. Os petistas só conseguiram eleger 1 nome: Marcos Alexandre na capital Rio Branco (Acre).

Mas ele renunciou ao cargo em 2018 para disputar o governo estadual. E acabou perdendo. O auge da sigla de Lula nas capitais foi em 2004, quando conseguiu 9 capitais. Na época, a sigla detinha a Presidência da República.