BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Após 16 anos como suplente de senador pelo Espírito Santo, o empresário paulista Luiz Oswaldo Pastore fez uma aposta errada.
Transferiu seu domicilio eleitoral para Brasília para ser suplente da então favorita ao Senado, deputada federal Flavia Arruda, do PP, e ex-ministra de Bolsonaro.
Flávia perdeu para Damares Alves na reta final da campanha. Damares foi eleita por Bolsonaro, como ocorreu com Magno Malta no ES.
Foi usada a mesma estratégia; vídeos do presidente Bolsonaro pedindo voto para Magno e Damares foram exibidos durante cultos evangélicos, o que a lei não permite.
Também ex-ministra de Bolsonaro, Damares contou ainda com apoio de Michele Bolsonaro, apesar de ter sido firmado acordo entre PP e Republicanos de que Flávia seria a candidata de Bolsonaro ao Senado.
Pastore foi suplente de Gerson Camarata entre 1995 e 2002. Atualmente é suplente da senadora Rose de Freitas (MDB), e está no exercício do mandato até dia 20 de outubro.
De acordo com o mercado político, um suplente de senador não doa menos que R$ 1 milhão de reais em cada campanha.
Pastore declarou um patrimônio de mais de R$ 453 milhões à Justiça Eleitoral. Ele foi o terceiro candidato mais rico do país, dentre todos os cargos que estavam em disputa.
Só ficou atrás de Paulo Octávio (PSD), que concorreu ao governo do DF, e do segundo suplente de senador por Goiás, Marcos Ermírio de Moraes (PSDB), que declararam R$ 618 milhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente.
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