BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Outrora um dos maiores partidos do país, o MDB no ES foi reduzido a cinzas. As brigas pelo comando da sigla – que duraram 12 anos – culminaram em uma debandada geral na legenda, neste ano.

Num passado recente o MDB abrigou os mais expressivos políticos do ES, como os governadores Gerson Camata, Max Mauro e Paulo Hartung.

Ex-presidente estadual do MDB, o ex-deputado federal Marcelino Fraga não pensa duas vezes antes de atribuir a Hartung, e a seu fiel escudeiro, o ex-deputado Lelo Coimbra, a responsabilidade pela destruição do partido no ES.

Fraga presidia o MDB quando Hartung governava o estado. PH usou seu poder para tomar o partido e entregar a Lelo. A crise aberta durou mais de 10 anos. PH saiu do partido mas a briga permaneceu.

Marcelino também saiu do MDB esse ano. Se filiou ao PSDB e é candidato a deputado estadual. Já Lelo permaneceu na sigla mas não encontrou espaço para ser candidato.

Paulo Hartung usou governo para tomar partido

Diz que está no projeto de Guerino Zanon, ex-prefeito de Linhares, também ex-emedebista, candidato ao governo.

OBSESSÃO

A permanência de Lelo numa sigla que foi a mais prejudicada pelas alianças pré-convenções deste ano, é interpretada como uma tentativa de tomar o comando do partido após as eleições de outubro. E conduzir a sigla na próxima eleição municipal.

O MDB é como a viação Itapemirim; faliu mas ainda tem um nome de peso. Lelo não acredita na reeleição da senadora Rose de Freitas. Já a senadora lamentou ter sido vítima de fake news de integrantes da própria sigla, que boicotaram as chapas que ela tentou montar.

O ex-deputado Lelo foi procurado pelo site AGENCIA CONGRESSO para se manifestar sobre as críticas de Marcelino Fraga, mas não se posicionou. Caso resolva falar o texto será atualizado.

Marcelino Fraga – ”Presidi o partido por seis anos, foi o período de maior crescimento da sigla, tínhamos 34 prefeitos. Lelo ficou 12 anos no comando e não fez o dever de casa, não filiou ninguém. A crise começou em 2006. Fiz convenção até na calçada da Assembleia Legislativa porque ele não quis entregar o partido”, relatou.