BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – Dos três senadores capixabas, apenas Fabiano Contarato (REDE) votou contra a indicação de Augusto Aras para chefiar a PGR.
Gay assumido, o senador questionou a postura do subprocurador-geral da República, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), para substituir Raquel Dodge na chefia da Procuradoria-Geral da República.
“O senhor não reconhece a minha família? Eu tenho subfamília? Porque essa carta diz isso, senhor procurador. E diz mais: estabelece a cura gay”, afirmou Contarato, ao mostrar carta da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que registra o conceito de família como a união de um homem com uma mulher e aceita tratamento de cura gay, dentre outros pontos.
Segundo o senador, que tem um filho e marido, o texto assinado por Aras em agosto é “flagrantemente fundamentalista e discriminatório”.
Já a senadora Rose de Freitas (Podemos) disse que votou pelo currículo do indicado, e porque respeita o presidencialismo, que dá ao presidente da República o direito de indicar o PGR: “Só não gostei quando ele falou que em 1964 não teve golpe”, comentou.
O terceiro senador capixaba, Marcos do Val (Podemos), que até o dia anterior escondia seu voto, disse para A Tribuna, no plenário do Senado, que votou a favor. Mas não quis explicar seu voto. Ele tem sido crítico do governo, em algumas matérias