BRASÍLIA – Mantendo o ritmo de crescimento desde o início do ano, o percentual de famílias endividadas no Brasil voltou a registrar alta em abril, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na última terça-feira (7/5), o levantamento constatou que 62,7% das famílias do país relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

A porcentagem é a mais expressiva desde setembro de 2015, quando a confederação indicou que 63,5% das famílias brasileiras tinham alguma dívida. Além disso, é o quarto mês consecutivo que o número fica acima dos 60%.

Em janeiro, fevereiro e março deste ano a pesquisa da CNC revelou que o total de endividados no país foi de 61,5%, 61,5% e 62,4%, respectivamente.

A Peic também constatou um aumento na quantidade de famílias com dívidas ou contas em atraso. O percentual de inadimplência, que foi de 23,4% em março, alcançou a marca de 23,9% em abril.

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Outro índice que subiu foi o de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas: no último mês, 9,5% das famílias responderam que permanecerão inadimplentes — em março, a porcentagem indicada pelo CNC foi de 9,4%.

O cartão de crédito segue como maior vilão e foi apontado como o principal tipo de dívida pelos entrevistados. Segundo a Peic, 77,6% das famílias estão endividadas graças ao cartão. Na sequência, aparecem carnês (15,3%), financiamento de carro (10%), financiamento de casa (8,7%), crédito pessoal (8,6%), cheque especial (5,3%) e crédito consignado (5,2%). 

A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

Das informações coletadas, são apurados: percentual de consumidores endividados, percentual de consumidores com contas em atraso, percentual de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas, tempo de endividamento e nível de comprometimento da renda. 

Com informações do CB

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