- Pedro Valls Feu Rosa
Aconteceu na África do Sul: dois ladrões foram presos a bordo de um Fiat Uno no qual também estavam dois bodes e duas vacas furtadas. Eles já eram reincidentes – tinham sido presos antes com sete bodes e duas vacas dentro de um pequeno Toyota.
Nos EUA um ladrão veio a ser preso após tentar assaltar um banco fantasiado de árvore. O detalhe: a fantasia cobria todo o seu corpo menos o rosto, que foi claramente filmado pelas câmeras de segurança.
Ainda nos EUA um ladrão decidiu assaltar uma loja absolutamente pelado. É isso mesmo: ele entrou nu na loja e anunciou o assalto. Preso, declarou que agiu assim porque “estava entediado”.
No Japão uma mulher contratou um pistoleiro para matar a esposa de seu amante. Pagou adiantado. Como o pistoleiro falhou mas não devolveu o dinheiro ela foi até a Delegacia prestar queixa, pedindo a devolução do que havia pago.
Em Nova Jersey (EUA) duas pessoas se divertiam encomendando pizzas em restaurantes e matando os entregadores a tiros tão logo eles chegavam. Presos, disseram ter escolhido os restaurantes a esmo, em uma lista telefônica.
Na Inglaterra três crianças (com 6, 7 e 9 anos de idade) tentaram descarrilar um trem de alta velocidade. Elas colocaram nos trilhos blocos de concreto, troncos de árvores, pneus e até um carrinho de supermercado. Apanhadas, disseram que pretendiam se divertir vendo o desastre.
Nos EUA decidiram vender ingressos para o paraíso. A empresa avisava que o ingresso, pessoal e instransferível, deveria ser colocado no caixão do comprador, e também advertia que não devolveria o dinheiro se o paraíso não existisse.
Na Itália, um menino de 10 anos de idade e uma menina de 8 afanaram mais de 100 brinquedos de 11 lojas. Já um garoto norte-americano de 13 anos teve uma idéia diferente: com um computador e uma impressora montou em sua casa uma sucursal do Banco Central e imprimiu notas de dólar para adquirir doces.
Diante destes exemplos temos que nos render a uma certeza: as causas do crime não são tão simples como dizem alguns – e não as temos estudado o bastante.
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Talvez, neste início de milênio, devêssemos lembrar as palavras de Nicéforo, segundo quem o mal e a dor não desaparecem sob a chama abrasadora do progresso humano. Transformam-se. E o crime, filho primogênito do mal, segue essa regra.
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Pedro Valls Feu Rosa é jornalista, escritor e desembargador no ES. E escreve regularmente para a AGENCIA CONGRESSO.
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