BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – No dia 26 de setembro, em plena pandemia, o filho mais novo do presidente Bolsonaro foi visto em Vitória, entrando num hotel de luxo na Praia do Canto.
O que denunciou a presença do filho zero quatro em solo capixaba foi a movimentação de seguranças na porta do Sheraton Hotel. As policiais locais, PM e civil, sequer foram comunicadas da visita.
Até aquele momento ninguém sabia o que ele fazia em Vitória. Meses depois se descobriu que ele mantinha conversas com um grupo empresarial local, do setor de granitos e mármores.
Dois meses depois do encontro em Vitória, saiu uma reunião com um ministro e um grupo de empresários da Gramazini Granitos e Mármores, empresa do Espírito Santo que patrocina o negócio do filho do presidente, batizado de Bolsonaro Jr Eventos e Mídia.
A empresa do ES também fez a doação de um carro elétrico para a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, que funciona no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
A Bolsonaro Jr foi aberta com capital de R$ 105 mil, R$ 100 mil deles doados pelo empresário e advogado Luis Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança Pelo Brasil, partido de Bolsonaro que ainda não saiu do papel.
O advogado Luis Felipe Belmonte, é suplente de senador pelo PSDB, e sua mulher, Paula, deputada federal pelo Cidadania/DF.
Na reunião com o ministro Marinho – que não constava na agenda oficial do ministro – os empresários apresentaram uma proposta de construção de casas populares de pedra, que, segundo eles, têm baixo custo.
Renan foi o articulador da reunião entre um patrocinador de sua empresa recém-aberta e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, de acordo com a revista “Veja”.
A pasta de Marinho é a responsável por tocar o programa Minha Casa, Minha Vida. À “Veja”, o presidente da empresa capixaba, John Lucas Thomazini, afirmou que foi Renan quem levou o projeto ao pai, que o encaminhou para o ministro.
O ministério, por sua vez, confirmou à revista que o pedido de audiência foi feito pelo gabinete da Presidência, por meio de Joel Fonseca, assessor especial de Jair Bolsonaro, que também estava na reunião. Em relação à presença de Renan no encontro, a pasta informou que o filho foi apenas como ouvinte.
Os empresários capixabas com o ministro, e o zero quatro, após a reunião.