Deputado federal Evair de Melo (PP)

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O vice líder do governo na Câmara, deputado federal Evair de Melo (PP/ES),contesta que o projeto de lei aprovado ontem, seja do ‘veneno’.

“O Brasil não é o maior usuário de defensivos do mundo. Lobby de empresas tenta impedir que surjam moléculas novas, para continuar faturando com moléculas velhas”

Explicou ainda que a ocorrência de pragas e doenças num país tropical como o Brasil, depende de vários fatores, como aumento ou a redução da área plantada, preços, falta ou o excesso de chuva, variações de temperatura que determinam o aumento ou a redução na ocorrência de pragas e doenças nas lavouras.

Técnico agrícola, o deputado diz que o agricultor também está sujeito ao aparecimento de novas pragas e doenças que, frequentemente, entram no país. E que entre 2006 e 2021, em 16 anos, apenas 90 novos produtos foram aprovados para uso no Brasil.

A média é de 6 novas moléculas por ano. Em 2021, somente 10 novos produtos foram registrados.

FATOS&DADOS

O número de 1500 produtos aprovados nos últimos 4 anos, se refere a produtos genéricos – formulados à base de ingredientes ativos já aprovados anteriormente que perderam patente – produtos biológicos e produtos destinados à indústria que não chegam ao campo.

“Ainda assim, quando se analisa o uso de defensivos por área cultivada, ou seja, quando se divide a quantidade de defensivo pela extensão de área cultivada, o Brasil ocupa o 8º lugar em um ranking de 20 países”.

“Já quando se considera o emprego de defensivos em relação à produção agrícola, o Brasil fica em 13º lugar, atrás de países como Alemanha, Canadá, Austrália e Estados Unidos”, concluiu.

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