Para entrar nos EUA, Bolsonaro usou cartão de vacinação contra covid falso

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou à Casa Civil da Presidência da República informações sobre a viagem realizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 30 de dezembro à cidade de Orlando, nos Estados Unidos.

O TCU atendeu a um pedido realizado pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que aponta desvio de finalidade no uso de recursos públicos durante a viagem do ex-chefe de Estado e quer que Bolsonaro pague a viagem.

O tribunal deu o prazo de 15 dias para que a Casa Civil apresente justificativa e argumentou que o alto valor gasto e a falta de informações sobre a real motivação da viagem são razões para efetuar a diligência.

Em solo norte-americano, o ex-presidente participou de eventos de direita e repetiu críticas ao sistema eleitoral brasileiro. Depois de passar 89 dias fora, retornou ao país em 29 de março.

E para entrar nos Estados Unido Bolsonaro teve seu cartão de vacinação contra Covid falsificado. Ele disse a PF não ter sido vacinado.

A operação da Polícia Federal foi deflagrada a partir de indícios de que os dados de vacinação do ex-presidente no SUS foram fraudados para incluir o registro de imunização contra a covid-19 para poder entrar nos EUA.

O pedido de informações do ex-deputado goiano (foto) foi feito ano passado, antes do então presidente deixar o país. Mas o Planalto ignorou.

O parlamentar do PSB explica que ”dia 30 de dezembro Bolsonaro deixou o país em destino a Orlando a bordo do avião presidencial. Na prática, ele mobilizou toda a estrutura da Presidência para uma viagem internacional faltando menos de 48 horas para o final de seu mandato’, diz no ofício.

Elias Vaz cita ainda que somente no ano de 2022 a Presidência da República gastou: Cartão Corporativo Sigiloso: R$ 22.751.636,53;

Alimentação e bebidas dentro do avião presidencial: R$ 1.210.276,32; Diárias pagas aos militares que integraram as equipes de segurança nas viagens oficiais: R$ 6.932.825,20.

“Qual é a missão oficial empreendida em Orlando? Há alguma obra, Tratado Internacional ou Acordo Comercial com a presença de autoridades? Haverá algum evento diplomático?

A viagem visa proporcionar lazer, fuga ou capricho a menos de 48 horas do final do mandato? Ora, há um elemento faltando nessa viagem e este atende pelo nome de interesse público. Verifica-se que houve desvio de finalidade na aplicação dos recursos do erário.

Com CNN