(Brasília - DF, 03/02/2021) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante coletiva de imprensa. Foto: Marcos Corrêa/PR

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com a reabertura do Congresso Nacional, após um ano praticamente ‘fechado’, voltaram a ecoar pelo Parlamento os gritos da oposição.

E a presença do presidente Bolsonaro no plenário da Câmara foi a deixa para os oposicionistas gritarem “genocida” e “fascista”, quando o presidente foi chamado para discursar na cerimônia.

“Nos encontramos em 22”, respondeu o presidente. Era uma referência à eleição presidencial de 2022, quando ele pretende disputar novo mandato.

Seus opositores vestiam camisetas com inscrições como “Impeachment Já” e “Fora Genocida”. Aliados do governo, por sua vez, gritavam “Mito”, em alusão ao apelido de Bolsonaro.

O presidente entregou a mensagem do governo – com projetos prioritários – ao Congresso e pediu a união dos poderes para “construirmos um Brasil mais próspero e mais justo para todos”.

O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), teve de intervir para pedir respeito no plenário, na tentativa de acalmar os ânimos exaltados.

“Vamos dar uma oportunidade à pacificação deste país. Uma delas é que, respeitando a manifestação de pensamento, possamos respeitar as instituições”, afirmou o senador, que comandava a sessão.

Foi a primeira vez que Bolsonaro entregou pessoalmente a mensagem ao Congresso, desde 2019.

Depois de conseguir emplacar seus aliados na cúpula do Legislativo, o presidente quis fazer um aceno político e indicar ao mercado financeiro que agora terá força para levar adiante sua agenda, o que só  tempo dirá, pois se não pagar as emendas parlamentares prometidas, não terá apoio.

Diante de deputados e senadores, Bolsonaro disse que na lista de prioridades do governo estão as reformas tributária e administrativa, a agenda de privatizações, a modernização do setor elétrico e o plano de vacinação para combater a pandemia de covid-19.

“Seguimos envidando todos os esforços para o retorno à normalidade na vida dos brasileiros”, destacou ele.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, também estavam presentes à cerimônia.

(Com informações da Agência Estado)