BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com a proximidade das eleições de outubro, e a maioria dos integrantes do Congresso Nacional concorrendo à reeleição, cai o apoio político que o presidente Jair Bolsonaro tem no Congresso.

Além de Bolsonaro estar muito mal junto a opinião pública, ainda tem o clima de incertezas sobre o quadro eleitoral, as federações que devem ser firmadas – para substituir as coligações -, alianças, e a vantagem do ex-presidente Lula.

O atual quadro foi gerado pela própria instabilidade do governo Bolsonaro, pela pandemia, pela crise financeira. Tudo isso também contribuiu para desarrumar a base e a oposição no Congresso. O próprio PT está mais perdido que cego em tiroteio.

Deputados que em muitas votações apoiavam os projetos do governo planejam se distanciar, de olho na sobrevivência eleitoral. Nem o PL, partido de Bolsonaro, e nem o PP, votam mais fechados com o Planalto.

PIOR ANO PARA BOLSONARO

Em alguns estados será impossível, mesmo para o PL, manter apoio ao presidente Bolsonaro. O PP da Bahia, por exemplo, se orgulha da parceria de 16 anos com o PT e vai apoiar o ex-presidente Lula.

No PL do Ceará, a parceria é com o governador Camilo Santana (PT). Entre os deputados de ambos os partidos, muitos dizem em conversas reservadas que o presidente terá dificuldades em manter os votos dos nordestinos em pautas que não forem de interesse direto da população.

No ES, o PL do cantor gospel e ex-senador Magno Malta também fecha as portas para bolsonaristas, tidos por ele – quem diria –  como oportunistas.

DIFICULDADES NA CAMARA

A esperança do presidente da Câmara, deputado Artur Lira, para conseguir votar a partir deste mês, pelo menos as medidas provisórias, é o sistema remoto, mantido neste início de ano por causa do aumento do número de casos de covid-19 entre os servidores da Câmara.

E para turbinar os parlamentares, será preciso ainda liberar as emendas que faltam do Orçamento do ano passado, incluídas em restos a pagar. (Com informações do Correio Braziliense)