Sergio Vidigal e Felipe Rigoni

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Apenas dois deputados federais capixabas votaram contra o perdão das dívidas tributárias de igrejas que pode chegar a R$ 1 bilhão, aprovada pelo Congresso, e que depende apenas de sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se de um projeto cujo autor é o deputado David Soares (DEM), filho do pastor e tele-evangelista R.R. Soares. O texto pode beneficiar a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo pai dele.

Só a instituição de RR Soares tem R$ 37,8 milhões inscritos na Dívida Ativa da União. A área econômica do governo federal prepara recomendação para que Bolsonaro vete os trechos apresentados por David.

Em causa própria

Os trechos propostos pelo deputado federal David Soares (DEM-SP) a PL 1581/2020 mudam justamente a legislação sobre a CSLL e a contribuição previdenciária.

O texto estabelece o fim da obrigatoriedade do pagamento por parte das igrejas. E diz que “passam a ser nulas as autuações feitas” anteriormente. Ou seja, as dívidas acumuladas deixam de existir.

Neste momento de pandemia e crise econômica, certamente o dinheiro fará falta para o governo. Mas os evangélicos, principalmente, cobram de Bolsonaro o apoio dado na eleição de 2018.

Da bancada do ES, formada por dez deputados, sete votaram a favor do perdão as igrejas. Só dois, Vidigal do PDT, e Rigoni, do PSB, votaram  contra.

Helder Salomão do PT não votou, mesmo sendo a sessão remota. Ele poderia votar até do carro. Mas preferiu mergulhar para não contrariar o partido, que recomendou votar contra.E nem desagradar as igrejas. 

Como votou a bancada capixaba

CONTRA – Sergio Vidigal/Felipe Rigoni – somente

A FAVOR – Ted Conti, Soraya, Lauriete, Amaro Neto, Evair, Norma, Da Vitória

AUSENTE – Helder Salomão