BRASÍLIA -AGENCIA CONGRESSO – O veto integral do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que dava prioridade a mulher chefe de família no pagamento do auxílio emergencial, foi criticado pela senadora Rose de Freitas (Podemos ES).

“O presidente não está atualizado com a realidade da mulher brasileira. É ela quem cuida da educação, da alimentação, da saúde. Na verdade, ao vetar o projeto, o presidente comete um equivoco”, disse a senadora.

O projeto também estendia a pais solteiros a possibilidade de receberem duas cotas do auxílio em três prestações.

Senadora Rose de Freitas (Podemos-ES)

Para Rose, a mãe que precisa de auxílio do estado, é aquela que passa por grandes dificuldades ” pois é provedora, é quem dá o teto aos filhos, educação, alimentação. Essa mulher deveria ser olhada diferente. Dai a necessidade do nosso projeto”, acrescentou.

A senadora avalia que o Estado paga sem olhar quem mais precisa. O veto foi publicado na edição do “Diário Oficial da União” (DOU), de quarta-feira (29).

O projeto havia sido aprovado em 8 de julho pelos senadores. Visava dar prioridade à mulher chefe de família no pagamento do auxílio emergencial quando houver informações conflitantes nos dados cadastrais.

Filhos de mulheres vítimas de violência terão prioridade

Em outro projeto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou, ontem, lei que determina que filhos de mulheres vítimas de violência doméstica tenham prioridade em vagas de creches e escolas próximas do local de moradia.

A medida altera a Lei Maria da Penha para garantir o benefício. Presidente da Comissão Externa de Violência Contra a Mulher e Feminicídio na Câmara dos Deputados, a deputada Flávia Arruda (PL-DF) foi relatora da proposta.

“Foi um avanço, um gol de placa, e mais uma batalha na nossa luta do enfrentamento à violência contra a mulher”, disse a parlamentar.