BRASÍLIA – O economista Marcelo Neri, que presidiu o IPEA durante o governo Dilma,
defende que nem a reforma trabalhista, nem a da Previdência, afetam os brasileiros pobres.
“O problema do pobre não é a precarização do emprego formal, o problema dele é a
informalidade. É ter zero direito”, disse à Época.
E vai além: acredita que o fim da contribuição sindical obrigatória pode forçar os
sindicatos a oferecer melhores serviços, provarem-se úteis para que o trabalhador
contribua.
“O aumento do salário mínimo em 2015, acima da inflação, foi um desastre. Em
apenas seis meses, a taxa de desemprego cresceu para o mesmo patamar de seis
anos antes.
E, associado ao congelamento nominal do Bolsa Família, fez a desigualdade explodir.
A renda média caiu 7% e a renda dos 25% mais pobres caiu 14%. Só em 2015, a
pobreza cresceu 19% e a pobreza extrema 23%. Explodiu.”, revelou.
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