BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – “Não é possível que a gente, vendo o que está acontecendo no Chile, ache que a reforma tributária não seja urgente. Não é economizando R$ 800 bilhões em 10 anos que vamos ativar a economia”.

As afirmações são do presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)  dadas neste domingo, após condenar o debate antecipado da sucessão presidencial de 2022.

“Tratar da eleição de 2022 por agora é suicídio coletivo” . E cobrou “mais responsabilidade” dos pré-candidatos à sucessão de Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Maia negou que o racha no PSL, partido do presidente, vá atrapalhar as votações em andamento no Congresso Nacional.

“Ninguém vai votar contra o eleitor. Suicídio na política eu nunca vi”, declarou.

REFORMA ADMINISTRATIVA

“O resultado da Previdência marca um novo tempo na política. Então, quando a gente fala na reforma administrativa como segundo item [da pauta], já vem na cabeça de muitos: ‘Vai cortar salário’. E não é isso. O eleitor que vai votar em 2020, 2022 está contra esse Estado, que cobra muito, serve pouco e ainda tira dele. Não podemos esquecer que o salário do servidor público federal, na média, é o dobro do setor privado”.

REFORMA TRIBUTÁRIA

“Não é possível que a gente, vendo o que está acontecendo no Chile, ache que a reforma tributária não seja urgente. Não é economizando R$ 800 bilhões em 10 anos que vamos ativar a economia. A reforma tributária estimula o investimento e é a mais importante para garantir o crescimento sustentável”.

ELEIÇÃO EM 2022

“Converso com o Luciano Huck, com o João Doria e com todo mundo. Não está na hora de tratar de eleição. Nós estamos com a desigualdade social e a pobreza aumentando e preocupados com eleição? Espero que o motivo de uma eventual reeleição (de Bolsonaro) seja o de que o Brasil mudou, e não a polarização com o PT, ele contra Lula. É tão difícil você avaliar quem vai ter condição de ser candidato a presidente. Agora, se você me perguntar se eu pretendo ser candidato a governador do Rio, eu respondo: ‘Não’. Gosto de ser deputado (risos). (Com informações do Estadão e Poder 360)