BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Exclusivo: O partido da ministra Marina Silva, a REDE, vai perder seu único senador, Randolfe Rodrigues (AP), atual líder do governo no Congresso. E ficará com apenas uma deputado federal, Túlio Gadêlha (PE).
O senador recebeu um convite irrecusável, do presidente Lula e da primeira dama Janja da Silva. Embora tenha sido eleito pelo Amapá, Randolfe é pernambucano como Lula, de Garanhuns.
Uma ala da Rede defende fusão com PT ou PSB. Marina Silva é contra. 20 integrantes do partido assinaram um documento pedi do reformulação do partido, inclusive o senador.
A REDE federada com o Psol elegeu 14 deputados federais, sendo 12 do Psol. A suplente de Marina, que virou ministra, também é do Psol.
Pedro Ivo de Souza Batista, fundador e antigo porta-voz da Rede, afirmou para o site Brasil de Fato que “infelizmente” o partido não caminha para se articular com expressividade entre os movimentos sociais e os estados, frente ao avanço da extrema-direita, bem como não tem robustez suficiente para emplacar sozinho pautas da esquerda.
“A extrema-direita se organizou tanto no Brasil quanto no Parlamento. Vencemos por uma margem muito pequena. Houve uma tentativa de golpe. A esquerda precisa primeiro fortalecer o presidente Lula, a partir de uma frente ampla, capaz de liderar com mais base do que já tem. As federações são importantes, mas são insuficientes, porque as federações são muito mais por um aspecto eleitoral do que uma verdadeira transformação social que envolva os movimentos sociais”, afirma Pedro Ivo.
Com Randolfe pelo menos um capixaba deve seguir para o PT, Gustavo De Biase, atual coordenador de Organização da Executiva Nacional no DF. (Foto)