BRASÍLIA -AGENCIA CONGRESSO – A Polícia Federal deflagrou ontem (24), a Operação Daia para apurar indícios de corrupção e tráfico de influência no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Um terreno do DENIT avaliado em R$ 44 milhões foi vendido por R$ 11 milhões. Propina foi paga para redução do imóvel.

Ao todo, os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal.

O diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, é um dos alvos da investigação. No prédio do órgão em Brasília, os investigadores buscam documentos onde funciona a Diretoria de Infraestrutura Ferroviária.

As investigações apontam que lobistas atuavam para favorecer uma empresa operadora de portos secos junto ao órgão federal. Os envolvidos, que também incluem servidores públicos, tiveram as contas bancárias bloqueadas por ordem da Justiça Federal.

Pelas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, declarou que a operação foi feita em parceria com Subsecretaria de Conformidade e Integridade.

De acordo com a PF, a empresa investigada venceu a licitação para administrar o Porto Seco de Anápolis (GO). No entanto, não conseguiu a habilitação do terreno indicado para a construção do terminal.

Por isso, os lobistas foram procurados para negociar a compra de uma área que pertencia ao DNIT no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) por um valor abaixo do negociado no mercado.

Esses lobistas teriam, segundo a investigação, negociado a compra com funcionários do DNIT. Mediante o pagamento de propina, os servidores teriam favorecido os interesses da empresa dentro do órgão. (Com CNN)