BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Nos dias finais do seu mandato como presidente da Câmara Federal, o deputado carioca Rodrigo Maia (DEM/RJ) decidiu jogar pesado contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.

O mandato de Maia acaba dia 31 de janeiro. Ele conseguiu reunir ontem seis partidos – e conversa com o PT que tem a maior bancada – para formar um novo bloco na Câmara visando a disputa pelo comando da Casa.

O grupo é formado por DEM, PSL, MDB, PSDB, Cidadania e PV e reúne 163 deputados. O bloco deve anunciar o candidato até o próximo sábado (12/12). A eleição será dia 1° de fevereiro.

Os pré-candidatos são Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Luciano Bivar (PSL-PE) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

A escolha do nome na Câmara vai depender também da eleição da Mesa Diretora do Senado. Se o MDB lançar candidato lá, o nome de Baleia Rossi perde fôlego.

CHAPA BRANCA

Toda essa movimentação em plena pandemia, visa conter o candidato do Palácio do Planalto, o deputado do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), que oficializou sua candidatura à presidência da Casa, com o apoio de PP, PL, PSD, Solidariedade, Avante, Pros, Patriota e PSC.

O grupo soma 160 deputados mas a eleição da mesa é secreta e costuma ocorrer muita traição.

A bancada do PSB, com 31 deputados, dificilmente apoiará Lira. Bem como a bancada do PDT, siglas contrárias a Bolsonaro.

Mas o que se estranhou no lançamento do candidato governista foi a ausência do PTB, que apoia Bolsonaro.

Com Agências