BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A Polícia Federal já tem elementos suficientes para indiciar Michelle Bolsonaro no caso das joias.

Segundo investigadores ela será ouvida em breve, mas não há pressa para convocá-la para depor justamente por já ser possível dar andamento ao indiciamento com os elementos existentes.

“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma”, diz um policial federal, sem apontar por quais crimes. A investigação apura ilegalidades como peculato (que é o desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.

Na sexta-feira (11), a PF deflagrou uma operação para investigar o suposto desvio de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.

A suspeita é que pessoas ligadas ao ex-presidente da República tenham vendido ilegalmente esses itens, que pertencem à União. Depósitos já foram identificados. (Com G1)

GOVERNO DA MENTIRA: Bolsonaro vai negar que vendeu joias

Muita coisa ainda vai ser descoberta na investigação sobre a venda ilegal de presentes de alto valor entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal diz que os auxiliares do então mandatário do Palácio do Planalto sabiam que não podiam negociar os bens no exterior.

No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF afirma que, numa conversa em março deste ano, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi alertado sobre a ilegalidade.

Quem alertou foi Marcelo da Silva Vieira, que foi chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência, sobre as restrições impostas pela legislação atual para a negociações de bens recebidos pelos chefes do Executivo.

Mas eles preferiram ignorar tudo e conseguiram levantar mais de R$ 1 milhão apenas com um primeiro lote. O dinheiro não foi depositado na conta de Bolsonaro ou familiares.

Quadrilha sendo desbaratada:

Sargento auxiliar de Bolsonaro com salário de R$ 13 mil movimentou R$ 3,3 milhões e repassou parte a Mauro Cid – Leia no Estadão.

Luís Marcos dos Reis é citado em relatório do Coaf como militar que transferiu valores incompatíveis com a renda ao ex-ajudante de ordens.

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