BRASÍLIA-AGENCIA CONGRESSO – A farra das armas vai acabar. A liberação sem limites permitida pelo governo Bolsonaro deve chegar ao fim, segundo o senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino.(PSB)

Cotado para assumir o Ministério de Justiça e Segurança Publica, Dino defendeu, nesta quinta-feira (17/11), a devolução de armas de grosso calibre.

Ao comentar os decretos pró-armas do presidente derrotado na eleição, o senador, que faz parte da equipe de transição, disse que o grupo estuda revogar decisões que facilitam a compra de armas.

“Existe direito adquirido a faroeste? Não. Existe direito adquirido a andar com fuzil, metralhadora? Não. Imaginemos a questão de um medicamento que hoje é permitido e amanhã passa a ser proibido. Alguém terá direito adquirido a continuar a tomar o medicamento? Não”, afirmou.

O senador também comentou sobre o aumento de acidentes com armas no país, inclusive envolvendo crianças. O roubo de armas e os falsos colecionadores que acabaram por equipar milícias.

Clubes de Tiro

Ao falar sobre os clubes de tiros, que acabaram se popularizando nos últimos anos, Dino disse que os clubes precisam passar por recadastramento.

“Vai haver fechamento generalizado de clubes de tiro? Seguramente, não. Mas não pode ser algo descontrolado, não pode ser liberou geral, porque todos os dias os senhores [jornalistas] noticiam tiros em lares, em vizinhança, em bares e restaurantes de pessoas e cuja observação estão lá nas matérias dos senhores, possuía registro de CAC. Então mostra que esse conceito realmente fracassou e aquilo que fracassou deve ser revisto”, acrescentou.

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