BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – ‘Quero ressignificar o que é ser primeira-dama’ – A mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga Rosângela da Silva, 56, Janja, explicou, em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, o que quis dizer quando anunciou que dará novo significado ao papel de primeira-dama no Brasil, de 1º de janeiro.

Em setembro, Janja, que ficou conhecida por ser uma voz ativa na campanha de Lula, postou no Instagram que pretendia “ressignificar” o papel de primeira-dama. A socióloga rejeita a designação dada à esposa do presidente por entender que o termo “dama” se refere a “recatada e de casa”, e não a uma “mulher de luta”. –

Talvez eu queira reformular o conteúdo de como é ser uma primeira-dama, trazendo à tona questões para mulheres e famílias. Talvez seja um papel mais articulador com a sociedade civil.

Nesse contexto de maior participação, duas primeiras-damas lhe servem de inspiração: Eva Péron, que se envolveu em trabalhos sociais na Argentina, e Michelle Obama, responsável por propor projetos na área de saúde e alimentação nos EUA. – Quando fui à Argentina, visitei a Casa da Evita, o Museu da Evita Perón, e me revelaram algumas coisas sobre a história dela que acho que nem todos na sociedade brasileira sabem.

Na entrevista ela revelou ser petista desde os tempos da faculdade, que trocou cartas com Lula durante a prisão dele, e que o conheceu num jogo de futebol promovido pelo cantor Chico Buarque. “Fui ver o jogo, e Chico, e lá estava Lula, que inclusive fez um gol. Ele pediu meu telefone e começamos”, contou.

Com Agência Estado