BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Criada em setembro, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades nos negócios da JBS não vai a lugar nenhum. Com a ajuda do BNDES, a empresa goiana se transformou – em menos de dez anos – na maior empresa processadora de proteína do mundo.
A Comissão de Investigação foi instalada para investigar supostas irregularidades envolvendo o grupo J&F em operações realizadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorridas entre os anos de 2007 e 2016.
Deputados e senadores que integram a CPMI já ouviram diversas pessoas, inclusive o procurador da República Ângelo Villela, preso em maio, acusado de passar informações sobre as investigações à empresa por uma mesada de R$ 50 mil.
Único capixaba a integrar a comissão na condição de suplente, o deputado Givaldo Vieira (PT-ES) afirmou que por não está “efetivamente” participando dos trabalhos do colegiado e não pode avalia-la.
Instalada Instituída dia 05 de setembro, vai entrar 2018 sem definição. Diversos senadores que fariam parte dela anunciaram que não mais participariam da CPMI por ela está totalmente alinhada e “comprometida”.
Foi apelidada de comissão “chapa-branca” por estar alinhada ao Palácio do Planalto. Mesmo assim não decolou.
Os trabalhos da CPMI acontecerão até o fevereiro de 2018, mas podem ser interrompidos devido a eleição.
Caso seja necessário este período poderá ser estendido até agosto do próximo ano, há dois meses das eleições. Mas em ano eleitoral o Congresso raramente funciona a partir de julho.
Além de ouvir Villela, os parlamentares da CPMI ouvirão, ainda, um dos advogados da J&F, controladora do grupo JBS-Friboi, Willer Tomaz de Souza, que seria o intermediário da empresa diante do procurador afastado.
Os parlamentares da CPMI aguardam o fornecimento por parte do BNDES e do Banco Central de um levantamento detalhado com todos os empréstimos concedidos à JBS.
A CPMI quer também aprovar o compartilhamento dos sigilos de e-mail e telefônico, já quebrados judicialmente, dos principais acusados nos últimos escândalos envolvendo a JBS.
Abaixo segue a tabela com todos os senadores e deputados federais que participam da CPMI da JBS.
Titulares (senadores) |
Suplentes (senadores) |
João Alberto de Souza (PMDB-MA) |
Romero Jucá (PMDB-RR) |
Airton Sandoval (PMDB-SP) |
Simone Tebet (PMDB-MS) |
Hélio José (PMDB-DF) |
Elmano Férrer (PMDB-PI) |
Vago (vaga do PMDB) |
Vago (vaga do PMDB) |
Vago (vaga do PMDB) |
Vago (vaga do PMDB) |
Ataídes Oliveiras (PSDB-TO) |
Vago (vaga PSDB/DEM) |
Vago (vaga PSDB/DEM) |
Vago (vaga PSDB/DEM) |
Ronaldo Caiado (DEM-GO) |
Davi Acolumbre (DEM-AP) |
Lasier Martins (PSD-RS) |
Vago (vaga PP/PSD) |
Sérgio Petecão (PSD-AC) |
José Medeiro (Podemos-MT) |
Vago (vaga PP/PSD) |
Vago (vaga PP/PSD) |
Acir Gurgacz (PDT-RO) |
Lindbergh Farias (PT-RJ) |
Paulo Rocha (PT-PA) |
Regina Souza (PT-PI) |
Roberto Rocha (PSB-MA) |
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) |
Randolfe Rodrigues (REDE-AP) |
Vago (vaga PPS/PSB/PCdoB/REDE) |
Eduardo Lopes (PRB-RJ) |
Pedro Chaves (PSC-MS) |
Cidinho Santos (PR-MT) |
Vago (vaga PTB/PSC/PRB/PR/PTC) |
Titulares (deputados) |
Suplentes (deputados) |
Carlos Marun (PMDB-MS) |
Celso Maldaner (PMDB-SC) |
Jones Martins (PMDB-RS) |
Valdir Colatto (PMDB-SC) |
Wadih Damous (PT-RJ) |
Leonardo Monteiro (PT-MG) |
Paulo Pimenta (PT-RS) |
Givaldo Vieira (PT-ES) |
Fausto Pinato (PP-SP) |
Vago (PP/PTdoB) |
Renzo Braz (PP-MG) |
Vago (PP/PTdoB) |
João Gualberto (PSDB-BA) |
Izalci Lucas (PSDB-DF) |
Miguel Haddad (PSDB-SP) |
Rocha (PSDB-AC) |
Laerte Bessa (PR-DF) |
Marcio Alvino (PR-SP) |
Heuler Cruvinel (PSD-GO) |
João Rodrigues (PSD-SC) |
Hugo Leal (PSB-RJ) |
José Stédile (PSB-RS) |
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) |
Alfredo Kaefer (PSDB-PR) |
Juscelino Filho (DEM-MA) |
Marcelo Aguiar (DEM-SP) |
Marcelo Squassoni (PRB-SP) |
César Halum (PRB-TO) |
Félix Mendonça Jr (PDT-BA) |
Pompeo de Matos (PDT-RS) |
Francischini (SD-PR) |
Vago (vaga SD) |
Victório Galli (PSC-MT) |
Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) |