Léo de Castro tenta, em vão, convencer Vidigal de votar a favor da Reforma da Previdência. Foto: AGC

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO –Presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Léo de Castro atuou dentro do plenário da Câmara para tentar reverter votos dos deputados capixabas contrários a Reforma da Previdência.

“A Reforma da Previdência é uma reforma fundamental para país, é um projeto para nação, muito mais do que um projeto de governo, é uma reforma que o Brasil precisa. E a nossa crença é de que de fato ela é o início de um movimento para destravar a economia brasileira”, disse  Léo de Castro

“Para nós essa é a agenda prioritária, é impossível num país que está carregando um déficit fiscal de mais de R$ 150 bilhões ano a ano, há mais de quatro anos, é impossível essa situação continuar.”

Contexto econômico

“Nós estamos desde 2014 andando de lado ou para trás, enquanto o mundo cresceu – de 2014 até agora –  em média 3,5% e os países emergentes cresceram em média 4,7%, o Brasil cresceu menos de 1%.”

“São seis anos que estamos perdendo oportunidades, então esse é um momento histórico no país, a gente tem que se engajar nessa discussão, a Federação das Indústrias tá muito empenhada no trabalho de convencimento pela aprovação da RP, e para o ES em especial é importante porque é um estado de mercado pequeno.”

“O ES é um estado que tem sido bem governado, tem uma condição econômica diferenciada no país, mas nós somos apenas 4 milhões de habitantes, nós precisamos que, para que o estado cresça, o brasil ache seu caminho de desenvolvimento e de crescimento.”

Aceitação popular da RP

“Acho que a gente tá num momento onde a população tem maturidade para compreender o tema. Pesquisas mostram que a sociedade apoiam a reforma e nós, do setor produtivo, acreditamos mais do que nunca que esse possa ser o início da retomada”

Setor produtivo

“O setor produtivo já vem sofrendo muito desde 2014, nossos indicadores, infelizmente, não são bons, então eu nem cogito a situação dessa reforma não ser aprovada. Isso para nós [setor produtivo] é essencial, fundamental para que as empresas continuem de pé”

Desemprego

“Estamos vivendo com 13 milhões de desempregados há muito tempo, são 13 milhões de pessoas que acordam e não sabem o que fazer, não têm o que fazer, é um cenário desesperador e para combater isso, nós precisamos da retomada da economia”

Vira-voto

“A nossa crença é que o ES deve contribuir com 8/10 votos para a aprovação da RP, é um número significativo para o estado, é um sinal de que a população está bem cuidada, bem representada, os parlamentares estão compreendendo a muito mais do que as questões partidárias”

“São deputados que vão cumprir uma missão importante tanto para o ES, quanto para o Brasil, entregar 80% dos seus votos à aprovação da Nova Previdência é um número que realmente nos orgulha”

Senado

“O presidente do Senado (Davi Alcolumbre) já anunciou que pretende incluir os estados e municípios na reforma e nós achamos muito bom”

“Estamos começando um diálogo mais profundo com a nossa bancada no Senado, eu acredito que nossos senadores vão ter a compreensão da importância do momento e de um voto consciente a favor da nação”

“O voto a favor da reforma não é a favor de governo, mas da população, com 13 milhões de desempregados o Brasil não pode assistir o mundo se desenvolver – como se desenvolve – e crescer como cresce e deixar nossa população à margem disso, é judiar da população”

Léo de Castro, presidente da Findes. Foto: A Gazeta do ES

Próximos passos

“Acredito que a Reforma da Previdência é a janela que estamos abrindo para o país reencontrar o caminho de crescimento, e na sequência entra a pauta da Reforma Tributária. Temos uma agenda, em paralelo, de desburocratização muito forte no Governo Federal e no ES também é uma agenda prioritária do governo Casagrande”

“Reforma da Previdência, Reforma Tributária, agenda da infraestrutura, o enfrentamento da burocracia em busca de simplificar o ato de empreender, isso tem uma potência muito grande pra gente fazer um 2020 muito melhor do que têm sido esses seis últimos anos”