“Deslegitimação da classe política pela Lava Jato atingiu a todos”, diz deputado
BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Para o deputado federal Jorge Silva (SD), que concorria ao terceiro mandato, vários fatores contribuíram para a grande renovação política verificada na eleição de domingo.
O principal, na avaliação dele, foi a operação Lava Jato “que deslegitimou toda a classe politica”.
Silva que é medico e tem São Mateus como base, obteve 43 mil votos e ficou na segunda suplência, atrás do ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD).
Os dois estão na coligação que elegeu Sérgio Vidigal (PDT) e Norma Ayub (DEM), dois parlamentares que podem disputar as eleições municipais de 2010. Vidigal o mercado político não tem nenhuma dúvida. Caso sejam eleitos, abrem vagas para os suplentes.
Mas historicamente apenas um suplente costuma assumir durante toda legislatura, como ocorreu com a atual – Max Filho, deputado federal pelo PSDB, deixou a Câmara para disputar a prefeitura de Vila Velha.
Após vencer a disputa abriu vaga para Norma Ayub (foto). A deputada, no entanto, se reelegeu e tem descartado a possibilidade de voltar ao Executivo.
Bolsonaro no 2 turno
“Só me cabe respeitar os resultados das urnas. Não tem o que contestar. Atribuo a renovação aos quatro anos e meio da Lava Jato que nivelou grande parte da classe política por baixo. Somado a isso tem o efeito Bolsonaro”, disse Jorge Silva.
O deputado Silva também ficou como suplente na eleição de 2006. Sobre o apoio no segundo turno, o partido dele optou por neutralidade. Mas ele deve apoiar Bolsonaro.
Reeleito pelo PT, Helder Salomão também é pré candidato a prefeito de Cariacica, o que abriria vaga na Câmara para João Coser, primeiro suplente – se Helder for eleito.
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