BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – ”O ânimo que emana do 7 de setembro deve inspirar o trabalho do Congresso Nacional de maneira permanente, assim como o enfretamento aos retrocessos antidemocráticos e aos eventuais ataques ao Estado de Direito e à democracia”.

As declarações são do presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que nesta quinta-feira (8), abriu a sessão solene destinada a comemorar o bicentenário da Independência do Brasil.

Foi um recado indireto para o presidente Jair Bolsonaro, que insiste em descumprir a Constituição, e faltou a sessão no Congresso. No dia anterior, 7 de setembro, Pacheco também não prestigiou a festa política de Bolsonaro que usou a máquina pública para promover sua candidatura.

O presidente do Senado explicou mais tarde que que não se pode misturar a cerimônia dos 200 anos com atividade político partidária.

— Celebramos hoje o bicentenário de nossa Independência, um dos eventos cívicos de maior significado político da nossa ainda jovem e promissora nação. Sem dúvida, o enredo que culminou no grito do Ipiranga é digno de orgulho para todo o país. Sua simbologia desperta algo de muito valioso em nosso espírito coletivo — disse.

O presidente do Congresso salientou que o bicentenário da Independência comemora o evento da ruptura com a antiga metrópole.

Ele afirmou que “de uma história de dominação e de uma condição de dependência, passamos ao patamar de igualdade e de respeito em relação às demais nações soberanas, e ganhamos identidade própria e relevante. Passamos a decidir, enquanto povo brasileiro, como governar nosso país de modo autônomo, sem interferência externa”.

— Sigamos as palavras de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, que escreveu no seu livro Projetos para o Brasil, busquemos a ‘sã política, causa a mais nobre e santa, que pode animar corações generosos e humanos’.

Honremos, enfim, a coragem, o patriotismo e o espírito cívico que moveram Dom Pedro I a proferir o célebre grito do Ipiranga!

Sem prestígio

Como convidados, estiveram presentes poucos presidentes, como o de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza; de Cabo Verde, José Maria Neves; e de Guiné Bissau, Umaro El Mokhtar Sissoco; o representante da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, secretário-executivo Zacarias da Costa; e o deputado Sérgio José Camunga Pantie, representante da Presidência de Moçambique.

Marcelo Rebelo de Souza fez o último discurso da sessão solene e foi muito aplaudido. Bolsonaro não foi nem mandou representante. Na hora da sessão ele estava no ‘cercadinho’ do Alvorada com apoiadores.

Com informações da Agência Senado

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