BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO- Vale tudo para ganhar uma eleição. Principalmente quando as pesquisas indicam que a derrota é certa. A nova estratégia que vem sendo adotada pelo ex-senador Magno Malta (PL) visa provocar o STF para ser preso.
Ele vem ofendendo ministros do Supremo há meses, na esperança de ser retaliado, que lhe daria notoriedade, como ocorreu com o deputado carioca Daniel Silveira (PTB), outro bolsonarista, e que está livre graças a um indulto presidencial.
FOGO AMIGO
A estratégia de Magno foi revelada por aliados do próprio Bolsonaro, que o tem como um cara esperto, que ”não vê limites para ganhar uma eleição’. Foi devido a esse perfil que ele foi vetado pelos militares no ministério de Bolsonaro, em 2018.
No sábado Magno Malta acusou o ministro Luís Roberto Barroso de “bater em mulher”, durante um congresso conservador organizado por Eduardo Bolsonaro em Campinas (SP).
Ele é pré-candidato a senador pelo ES, embora seja baiano, e falava para uma plateia bolsonarista. Em 2018 ele perdeu a mesma disputa quando estavam em jogo duas vagas.
Líderes políticos do ES acreditam que ele vai ‘descer’ para federal porque não tem chance de ganhar o Senado.
Veja o que ele afirmou para deleite da plateia de direita:
“Esse homem é sabatinado no Senado e, quando é sabatinado, a gente descobre que ele tem dois processos no STJ, na Lei Maria da Penha, sobre espancamento de mulher”.
Também acusou o magistrado de ser “defensor de ONGs abortistas” e “porta-voz dos loucos”. Na mesma fala ofendeu dois outros ministros, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
E para completar o ‘circo’, chamou ao palco o deputado Daniel Silveira, que está solto graças a indulto presidencial.
Malta disse que Edson Fachin é “ativista” e “esquerdista”.
“Fachin bateu na porta de pastores querendo falar comigo, bateu na porta de advogados, foi ao meu gabinete. Eu não o recebi. Ativista, comandante de comício, esquerdista, com pautas definidas”, prosseguiu.
O ex-senador também atacou Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, e defendeu Daniel Silveira, dizendo que “não existe tipo penal chamado fake news”.
Com Metrópoles e Agências de Notícias)
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