BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – ‘Se o presidente do PL no ES, Magno Malta, não provar as acusações que fez a ministros do Supremo, ele poderá ficar inelegível para a eleição deste ano’.
Essa é a avaliação de membros da Bancada Capixaba ouvidos sobre o episódio. Eles lembraram que desde o ano passado Malta vinha fazendo ataques ao Supremo.
E que estava adotado a mesma prática política do deputado Daniel Silveira (PTB/RJ) que se tornou celebridade bolsonarista e acabou indultado pelo presidente da República.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF), notificou o ex- senador a dar respostas, em 15 dias, sobre a queixa-crime ajuizada contra ele por pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Durante um congresso de direita realizado no último fim de semana, em Campinas, São Paulo, Malta acusou o ministro de bater em mulher e disse que ele era advogado de ONGs abortistas e da legalização da maconha.
O caso foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes por ter ligação com o inquérito das fake news.
No despacho, Moraes também afirmou que pode ser o relator da queixa porque os fatos narrados por Barroso “assemelham-se, em acentuado grau, ao modus operandi da organização criminosa investigada no inquérito 4.874/DF [fake news]”.
Moraes ainda destacou que manterá a investigação no Supremo em razão da possível participação de diversas autoridades que detêm foro por prerrogativa de função no STF, como os deputados federais Aline Sleutjes, Bia Kicis, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Daniel Silveira, Eduardo Bolsonaro, Eliéser Girão, Guiga Peixoto e Paulo Eduardo Martins.
O ministro Luís Roberto Barroso protocolou a queixa-crime na segunda-feira (13/6).
No documento, Barroso destaca que as agressões feitas por Malta contra ele e outros ministros não foi um ato isolado e faz parte de uma rede organizada para criar ou compartilhar mensagens que tem por mote final a derrubada da estrutura democrática do Brasil.
Com Agências
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