POR PEDRO LARANJA

Eu sei que é clichê! Mas ao falar de utopia lembra quase que imediatamente de Dom Quixote, e sua visão do mundo perfeito.

No meus últimos textos, direcionei duras críticas ao rumo que o futebol vem tomando, mas convenhamos acreditar no jogo perfeito é quase tão maluco quanto ver gigantes em moinhos de vento!

E eu nem sei até que ponto isso é ruim, pq em mundo perfeito, um cavaleiro não teria que defender uma donzela, vai que nesse mundo, uma bola também não precisasse ser chutada.

Vc deve tá se perguntando, o que esse louco tá falando? Como um mundo perfeito excluiria uma paixão tão grande como futebol?

Simples, num mundo perfeito, não existiria pobreza, um menino não precisaria sonhar em ser jogador para ascender socialmente, ele poderia estudar, e vir a ser médico ou juiz.

Num mundo perfeito, negros e operários não precisariam do jogo, para lutar em pé de igualdade com brancos e ricos, o preconceito seria desconstruído.

Num mundo perfeito a Marta não precisaria entrar naquele ônibus, para provar ao mundo que homens e mulheres são iguais desde de a época de Quixote!

O futebol não nasceu para ser perfeito, ele nasceu para dar uma esperança para aqueles que cresceram em um mundo tão imperfeito.

E talvez, dentre todas as histórias do jogo, a de sua criação seja a mais bonita, porque desde sempre foi contra tudo e contra todos, e foi assim que o futebol se fez de todos!

É verdade existem muitos moinhos de vento pro futebol, mas se foi ele que nos ensinou a enfrentar os nosso moinhos, só nos resta acreditar que vencer os dele será moleza. O futebol tirará de letra!

Eu falei que ia tentar salvar o futebol, quem sabe vcs possam me ajudar!!


Pedro Laranja escreve sobre futebol para o site AGENCIA CONGRESSO