Brasília- DF. 10-07-2019-Sessão que aprovou a reforma da previdência. Foto Lula Marques

BRASILIA –  Em 2018, na onda do bolsonarismo vários políticos inexperientes foram enviados para o Congresso Nacional. Quatro anos depois o que se vê é uma baixa produtividade histórica.

Para citar apenas um exemplo, o deputado capixaba mais votado neste ano, foi um dos que menos produziu durante seu mandato, Amaro Neto, do Progressistas. Ele teve maias de 180 mil votos mas não teve sequer um projeto aprovado.

Dos 513 deputados federais eleitos em 2018, quase metade nunca tinha pisado no Congresso na condição de parlamentar. A expectativa era que fizessem uma legislatura transformadora. A fotografia tirada ao final do mandato, no entanto, retrata algo diferente.

Enquanto atuaram em bloco, os deputados conseguiram aprovar projetos fundamentais como a reforma da Previdência, a independência do Banco Central, a privatização da Eletrobras e os marcos legais de gás e saneamento básico. Mas o mesmo não pode ser dito da atuação individual dos parlamentares.

Segundo um mapeamento recente feito pela plataforma Legisla Brasil, e publicado por VEJA, quase oito em cada dez deputados (77%) tiveram desempenho fraco ou mediano quando foram analisados os seus trabalhos com base em quatro indicadores: produção legislativa (e relevância dos projetos), fiscalização, mobilização e alinhamento partidário.

Uma das principais razões da baixa performance foi justamente a falta de experiência da maioria. Os atuais parlamentares apresentaram cerca de 17 000 projetos, sendo que desse total apenas 188 viraram alguma norma jurídica, um índice de 1,1%, o pior desde 2003, na comparação com os últimos Congressos.

As votações para o Congresso, embora fundamentais, sempre mobilizaram pouco o eleitor brasileiro. Pesquisa Datafolha de agosto mostrou que 64% dos entrevistados não se lembravam em quem havia votado para deputado federal em 2018. Levando-se em conta os enormes desafios sociais e econômicos que o país terá pela frente, é preciso que os brasileiros dediquem muito mais atenção a essa importante escolha. (Fonte Veja)

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