BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal realizou nesta quarta-feira – 23 de agosto – audiência pública para a exibição do trailer do documentário “Ithaka – A luta de Assange”.
O objetivo do evento foi chamar a atenção para a luta pela libertação do jornalista Julian Assange, preso na Inglaterra, após passar mais de 10 anos exilado na embaixada do Equador, em Londres.
A audiência foi proposta pela deputada federal Jack Rocha, vice-presidenta da Comissão, e contou com a presença do pai de Assange, John Shipton e de diversos parlamentares e ativistas pela liberdade de expressão e democracia.
“Não existe democracia sem liberdade de imprensa”, disse Jack Rocha ao defender que a audiência pública teve grande relevância para o debate sobre democracia, liberdades individuais e deveres governamentais.
“A luta de Assange marcou profundamente a luta por democracia e soberania no Brasil e no mundo. Defender Assange é defender a liberdade de expressão”, enfatizou a parlamentar.
Histórico
Julian Assange é um ativista político que, através do Wikileaks, foi responsável por expor milhares de documentos confidenciais com informações sensíveis sobre relações internacionais, espionagem e política global, causando grande impacto político e diplomático.
O resultado foi sua condenação e pedido de extradição para os Estados Unidos. Uma sentença considerada arbitrária e injusta por muitas lideranças internacionais, inclusive o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O pai, John Shipton, concedeu entrevista ao site AGENCIA CONGRESSO. Disse acreditar na libertação do filho ainda este ano, e citou vários presidentes, como Lula do Brasil e os presidentes do Chile, México, Argentina, que apoiam sua luta.
Inconformado com a situação do filho, ele iniciou uma peregrinação para dialogar com diversas figuras públicas sobre a importância da libertação de seu filho. Essa trajetória se transformou em um documentário que visa sensibilizar a audiência em relação à importância do trabalho de Assange.
O Wikileaks é uma organização internacional que se tornou famosa por sua atuação no vazamento e divulgação de informações confidenciais de governos e empresas ao redor do mundo.
Fundada em 2006 por Julian Assange, um ativista e jornalista australiano, a plataforma se dedicava a expor documentos secretos que revelavam práticas governamentais questionáveis, corrupção e abusos de poder.
Julian Assange, o rosto público do Wikileaks, ganhou notoriedade devido às suas atividades de divulgação de informações confidenciais, em 2010, quando trouxe a público uma série de documentos militares dos Estados Unidos, incluindo relatórios sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Esses vazamentos revelaram detalhes chocantes sobre a conduta das tropas americanas e levantaram questões sobre a ética e a legalidade das operações militares, sendo publicados em parceria com grandes jornais em todo o mundo.
Esses documentos revelaram informações sensíveis sobre relações internacionais, espionagem e política global, causando um grande impacto político e diplomático.
Devido à divulgação dessas informações, Julian Assange se tornou alvo de processos legais e perseguições por parte das autoridades dos Estados Unidos.
Em 2010, ele enfrentou acusações de agressão sexual na Suécia, que ele negou e considerou politicamente motivadas. Para evitar sua extradição para a Suécia e possivelmente para os Estados Unidos, Assange buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres
Sua família busca a anulação de sua extradição para os Estados Unidos, bem como a anulação de sua sentença, e o documentário “Ithaka – a luta de Assange” traz detalhes da peregrinação de seu pai pela libertação do filho.
Com informações da Assessoria de Imprensa da deputada federal Jack Rocha.
- Publicidade -