BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Um jornal italiano noticiou um esquema de corrupção e falsificação de documentos para brasileiros obterem a cidadania italiana. O caso ganhou destaque no país por ter o nome do ator e apresentador Rodrigo Faro, da TV Record, entre os envolvidos.
De acordo com a polícia da Itália, Faro não tinha direito à cidadania italiana. O apresentador foi denunciado pelo canal de TV TGR, do país, por ter participado de um esquema de compra de passaporte, em que seis pessoas já foram presas.
Para a especialista em cidadania italiana e fundadora da Avanti Cidadania, Nátali Lazzari, ter os mesmos direitos de um cidadão europeu atrai o brasileiro e por isso a procura é muito grande.
“A pessoa além de poder residir na Itália e em toda a União Europeia pelo tempo que quiser, poderá desfrutar dos direitos e obrigações dos cidadãos natos ali quanto a moradia, trabalho, estudo, lazer, assistência médica, aposentadoria ”, explica.
Ela completa que o trabalho precisa ser minucioso para cumprir todas as etapas. “Aqui na Avanti, nós trabalhamos com genealogia, ou seja, buscamos saber quem são esses descendentes e, a partir de então, começamos o trabalho de juntar as documentações”.
Lazzari ressalta que há outras maneiras de obter o benefício, seja tendo residência ou se casando com um italiano.
O ESQUEMA
Na segunda-feira (27/5), a Polícia Metropolitana de Nápoles deflagrou uma operação contra seis pessoas suspeitas de crimes de falsificação, associação criminosa e corrupção no município de Villaricca, na província de Nápoles, sul da Itália.
Essa operação, chamada de “Operação Carioca”, revelou uma rede de supostos infratores envolvendo funcionários públicos italianos e dois brasileiros1. Entre os beneficiários desse esquema estariam o jogador de futebol Bruno Duarte da Silva, atacante do clube português Sporting Clube Farense, além do apresentador Rodrigo Alcazar Faro e sua esposa Vera Viel.
Segundo as investigações, o brasileiro Flavio Yogui teria acesso físico ao computador do cartório e, com a cumplicidade dos funcionários, iniciava os procedimentos para obtenção de residência e cidadania italiana fictícia.