BRASÍLIA – Delação envolvendo Temer provoca adiamento de votação das reformas. Equivale a dizer que o doente terminal deixou de ser medicado.

Por conta disso as reformas devem ser adiadas, de novo. A semana acabou nesta quarta e
parlamentares jã estão retornando a seu estados.

A votação das reformar sequer foi marcada. Muito menos a mais importante, da Previdência. Outro tema, o Refis, também acabou adiado.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desconversou sobre a possibilidade de a Casa colocar em votação a Medida Provisória que cria o novo Refis, programa de parcelamento de débitos tributários.

Ao chegar a seu gabinete no período da manhã, o deputado disse que é preciso ver o que conseguirá ser “construído” como solução e criticou o relatório produzido pela comissão especial. “O texto que foi aprovado ficou muito amplo, não é bom”, comentou.

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Fontes da equipe econômica apontam que a proposta de deixar caducar a MP pode ser o caminho mais viável. O assunto passou a ser discutido depois que o relator da MP, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), fez alterações substanciais no texto enviado pelo governo garantindo descontos de multa e juros de até 99%.

A equipe econômica está preocupada com o impacto das mudanças na arrecadação prevista para este ano. A vigência da MP vai até o dia 1º de junho.

Questionado sobre a data de votação da reforma da Previdência no plenário, Maia disse que ainda não decidiu. Mais cedo, o deputado participou de um encontro com prefeitos de todo o País, onde defendeu a necessidade da reforma.

“A Previdência será insolvente em curto prazo se nada for feito”, discursou.

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