BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O senador Marcos do Val (Podemos) não vai votar no candidato do MDB à presidência do Senado, qualquer que seja o nome.

Ele disse hoje para a AGENCIA CONGRESSO que gosta da senadora Simone Tebet (MT) e até poderia votar nela – que é uma das pré- candidatas a presidência da Casa, caso a senadora mudasse de partido.

“MDB sem chance. Estaríamos dando muito poder ao partido”, alegou, avaliando que a Câmara também poderá ser presidida pela mesma sigla.

O senador capixaba é crítico do senador Renan Calheiros, e há dois anos, na eleição do atual presidente Davi Alcolumbre (DEM/AP) bateu de frente com o senador alagoano.

“Se apoiarmos a Simone ou outro nome do MDB para a presidência do Senado, vamos ter ainda o partido com a maioria no Senado e com a presidência da CCJ. E ainda tem o líder do governo no Senado e o líder do governo no Congresso”, explica.

O capixaba acredita que Simone saia para a presidência, Renan para CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e Eduardo Braga para líder. Ou até mesmo Renan na liderança e Braga na CCJ.

“Ou seja, o MDB pode se tornar o partido mais poderoso do Senado e retomar o poder que deteve durante 30 anos. Isso será grave”, acrescentou. A CCJ é a comissão mais importante do Senado.

Do Val disse que tem muito apreço por Simone Tebet, mas acredita que será muito poder para um único partido: “Podemos nos tornar reféns do MDB”.

VISITA – Ontem (11) o governador do ES Renato Casagrande, recebeu a visita dos senadores Davi Alcolumbre (AP), e Rodrigo Pacheco (MG).

Acompanham a visita, o senador capixaba Marcos do Val e o secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann.

Os senadores Fabiano Contarato e Rose de Freitas não compareceram. Do Val é aliado político do governador Casagrande, ao contrário de Rose e Contarato.

Alcolumbre saiu ontem de Vitória e foi ao Rio se reunir com a senadora Rose de Freitas. Conversaram por quase três horas.

RODRIGO PACHECO

AGENCIA CONGRESSO:O sr. então vai votar no candidato Rodrigo Pacheco, apoiado por Bolsonaro?

SENADOR – Não sei ainda. Se Simone mudar de partido?

AGC – O sr. não acha que votando no Pacheco estaria fortalecendo o governo Bolsonaro no Senado?

SEN – Tudo, menos o MDB por mais 30 anos no poder.