BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Pelo menos 10 ministros vão deixar o governo até 31/3 para concorrer as eleições de outubro. Só 13 ministros devem permanecer na Esplanada dos Ministérios.
A saída de ministros do governo Bolsonaro marcará o maior esvaziamento da Esplanada em 25 anos. Com o ‘Centrão’ o presidente sonda alguns nomes para o mandato ‘tampão’
As dez substituições admitidas por Bolsonaro são superiores às realizadas desde 1998, nos respectivos anos de eleições gerais.
E as ações governamentais vão ficar submetidas a interesses eleitorais. Muitos dos novos ministros são auxiliares ou assessores dos atuais ocupantes das pastas.
Mandato Tampão de 9 meses
As substituições vão ocorrer no momento em que o presidente precisa reverter índices econômicos desfavoráveis para reforçar a campanha pelo segundo mandato.
Os ministérios que vão perder titulares por motivos eleitorais controlam, juntos, um orçamento de R$ 20 bilhões, somente para investimentos.
Bolsonaro aposta na eleição de ministros para ter mais aliados nos governos estaduais e no Congresso, principalmente no Senado, onde o Planalto enfrenta dificuldades na articulação política.
Na lista dos futuros candidatos estão Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que vai disputar o governo de SP; Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), postulante ao Senado pelo RGN; e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), que também concorrerá ao Senado pelo DF. (Com Agência Estado)
Deputado diz que recusou Agricultura
Vice líder do governo na Câmara, o deputado capixaba Evair de Mello (PP) diz que foi convidado pelo presidente Bolsonaro para ocupar uma das cadeiras que ficará vaga com a reforma ministerial.
“O governo sondou alguns nomes da base, mas vou disputar eleição. Dai é inviável”, afirmou para a AGENCIA CONGRESSO via whatsapp. O deputado disse que foi sondado para ocupar a pasta da Agricultura.
“Me sinto útil para o governo federal e para o estado do Espírito Santo estando na Câmara. É ali que se ganha às batalhas”, completou.
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