BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O financiamento público de campanha que está sendo discutido pelo Congresso Nacional dividiu os seis presidentes regionais de partidos no Espírito Santo.
O senador Magno Malta que preside o PR, e os deputados Marcus Vicente e Sérgio Vidigal, presidentes do PP e PDT, se posicionaram contra.
“Nada de financiamento público. Eu tenho uma proposta que é que todo homem público deve pedir ajuda financeira para sua eleição pela internet”, disse Malta.
“Nós temos que buscar um financiamento para as campanhas. Eu, particularmente, acho que falar em financiamento público no momento em que o País aprova uma PEC que estabelece limite de gastos na saúde, educação e segurança pública, e usar dinheiro público para financiar a campanha é um equívoco”, diz Marcus Vicente.
Ele acredita que o financiamento público para as campanhas eleitorais só deve ser adotado a partir de 2034.
Diz que é necessário um período de transição para adotar novas regras o que oferecerá “uma situação muito mais controlada do ponto de vista dos órgãos de controle”.
A FAVOR
Já os deputados Carlos Manato (SD), Jorge Silva (PHS) e Lelo Coimbra (PMDB) são favoráveis à adoção do financiamento público.
No entanto, eles lembraram que será preciso convencer a sociedade que vê isso como um acinte.
“Eu acho que o financiamento público é o caminho. Até em virtude do que aconteceu aí com o financiamento de empresas. Tem que acabar com essa relação promiscua”, diz Manato.
“O processo democrático é caro. Tem custo. Alguém tem que pagar essa conta. Se não for o erário público, será o crime organizado, o narcotráfico, o poder aquisitivo das pessoas físicas dotadas de grandes fortunas e com certeza isso refletirá nas pessoas que estarão aqui no Parlamento”, lembrou Jorge Silva.
“No financiamento temos um grande dilema. O financiamento privado está impedido pelo STF. Permitindo apenas a doação feita por pessoas físicas. E aí teremos que evoluir para o financiamento público”, analisou Lelo.