BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Pelo menos uns 70 deputados o Centrão vai perder, em função da eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Federal, marcada para 2 de fevereiro.
O Centrão é o grupo de partidos que vem dando sustentação ao governo Bolsonaro, integrado por cerca de 220 deputados que trocam voto por cargos, emendas, ministérios e obras em suas bases.
O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), disse ao Poder360 que formalizou com os dois partidos um novo bloco na Câmara, com 74 deputados.
O grupo quer lançar candidato à Presidência da Casa. “A ideia é que seja uma mesa despida de ideologia, não atrelada ao governo nem à oposição”, disse Bivar, atualmente 2º vice-presidente da Casa.
O Centrão tem o PP (40 deputados), PL (39), Republicanos (31), Solidariedade (14) e PTB (12). O PSD (36), o MDB (34) e o DEM (28) também costumam estar alinhados com o grupo, assim como partidos menores, incluindo PROS (10), PSC (9), Avante (7) e Patriota (6).
Os líderes do Centrão são velhos conhecidos da Lava Jato, como o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI), o líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), e o ex-presidente da legenda Valdemar Costa Neto, condenado e preso no esquema do mensalão e uma das principais lideranças do partido.
Entre os principais articuladores do Centrão estão ainda o vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, e o presidente do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), conhecido como Paulinho da Força.
Tutto bonna gente .Presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado no escândalo do mensalão, passou recentemente a ser um dos principais defensores do presidente Bolsonaro.