BRASÍLIA -O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (10/12/2019), por 10 votos a 1, a suspensão por seis meses do mandato do deputado Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta (Pros-PR).

No processo, o parlamentar é investigado por ter causado tumulto em um hospital em Jataizinho, região metropolitana de Londrina (PR). O caso ocorreu no dia 17 de março deste ano (entenda o caso abaixo).

O autor da ação no Conselho é o Partido Progressista (PP), com o argumento de que o deputado adentrou “ambiente hospitalar sem autorização, desrespeitando funcionários, causando desordem e expondo pessoas em rede social”. Para Boca Aberta, o processo é uma “cortina de fumaça”.

No ano passado, Boca Aberta já havia sido condenado a 22 dias de prisão em regime semiaberto pelo juizado especial criminal de Londrina, por perturbação do trabalho.

A acusação é de que, na madrugada do dia 17 de março deste ano, o deputado entrou na UPA de Jataizinho, região metropolitana de Londrina, onde flagrou um médico dormindo durante o plantão.

Segundo a acusação do Ministério Público, ao saber que o médico estava dormindo, Boca Aberta iniciou um tumulto, constrangendo médicos, demais profissionais da Saúde e guardas municipais que estavam no local, além de ter realizado exposição indevida das imagens em redes sociais.

Por conta desse episódio, de diversos embates do deputado com outros parlamentares e por ter tentado desqualificar as ações do Conselho de Ética, o parecer do deputado Alexandre Leite foi pela cassação do mandato.

Segundo o artigo 4º do Código de Ética, constitui procedimento incompatível com o decoro parlamentar, punível com a perda do mandato, abusar das prerrogativas asseguradas aos membros do Congresso Nacional.

Defesa
O deputado Boca Aberta esteve presente à reunião e se defendeu, afirmando que se elegeu protegendo os interesses dos mais pobres, exatamente o que ele estava fazendo ao entrar na UPA em março.

“O que acontece aqui hoje é uma tentativa de me prejudicar tão somente. Na minha cidade eu fui caçado pelo meu caráter porque eu não sentei e não comi a mesma lavagem com eles lá em Londrina, no coxo dos porcos. Fui o vereador mais votado da história do Paraná, o mais votado nos 85 anos da cidade de Londrina”, rebateu.

Com informações da Agencia Câmara