Publicamente, os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro declaram que as manifestações deste domingo foram um sucesso. Reservadamente, no entanto, não é bem assim.

Os auxiliares do presidente avaliam que não se alcançou o objetivo esperado: de uma mobilização popular grande o suficiente para impor medo aos adversários. No final, Bolsonaro falou apenas para os seus.

A ordem agora é tentar evitar que o movimento deixe como herança um mal-estar maior do que o anterior no relacionamento do governo com o Legislativo e o Judiciário.

Líderes governistas alertaram o Planalto de que só aumentou o grau de irritação no comando dos partidos do chamado Centrão (PP, DEM, MDB, PR, PRB, SD entre outros).

O blog também tem conversado com líderes e presidentes desses partidos. Para se ter uma ideia do problema, hoje todos os presidentes de partidos do Centrão estão praticamente rompidos com Bolsonaro.

Não admitem publicamente, mas evitam a todo custo uma reaproximação ou mesmo encontros com o presidente. Daí a preocupação do próprio Bolsonaro, já ontem à tarde, de insistir que as manifestações não tiveram o objetivo de atacar políticos, nem ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Ele postou tuítes como estes:

Por enquanto, essa argumentação não está surtindo efeito.

A maioria dos líderes ouvidos pelo blog afirma não acreditar mais na possibilidade de se estabelecer um relacionamento de parceria com o governo. Isso não quer dizer que os projetos do governo não serão aprovados.

A postura explicada por um dos comandantes partidários do Centrão ao blog é a seguinte: “Ele cuida da vida dele e nós, da nossa. Aprovaremos no Congresso aquilo que for interessante para o nosso eleitorado e para que o país não quebre. Não vamos oferecer nem pedir nada. Inclusive cargos. O que nos interessa agora é o Orçamento impositivo. O cumprimento obrigatório das emendas parlamentares, com obras e serviços para as bases eleitorais, é que nos garantirá votos.”

Fonte: Tales Faria para Blogsfera UOL 

 

 

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