BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O assassinato do ato de Chiquititas, Rafael Miguel, ocorrido dia 9 de junho, ajudou a derrotar o projeto do governo votado ontem (18) pelo Senado.
Várias senadoras acabaram votando contra o governo devido ao crime, inclusive a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) que citou o crime ao justificar ser contrária a mais armas no país.
O texto aprovado – que substituiu o decreto do governo – era de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A senadora Rose de Freitas mencionou em seu voto o assassinato do ator de 22 anos. Rafael Henrique Miguel e os pais foram mortos a tiros pelo pai da namorada dele.
“Quem não se lembra o que aconteceu na semana passada neste país, quando um pai, regido por sentimentos de posse que eu não quero analisar, eliminou uma família inteira?.”
“Sentimento de posse sobre a filha? Sentimento de poder com a arma? Se a moral e a ética andam em falta e a persecução penal é uma possibilidade remota, matar se torna um mero ato de vontade” disse em seu voto.
Rose também falou nos índices de feminicídio e crimes violentos com uso de arma de fogo. Segundo a parlamentar, a segurança pública faliu por não priorizar questões como essas.
“Olhem o exemplo das mulheres, olhem o exemplo dos crimes bárbaros e saberemos que por esse caminho apenas se transfere o fracasso das gestões para colocar nas mãos de cada homem e mulher.” disse.
Outras senadoras, como Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Kátia Abreu (PDT-TO) também ressaltaram a relação de número de mortes no Brasil com o acesso a armas de fogo.
Eliziane afirmou em seu voto que “no Brasil, nos temos mais de 60 mil pessoas assassinadas, os dados apontaram, mais de 70% desses casos são resultantes de armas de fogo.”
“Armas na mão da população será um instrumento forte para chamar mais violência para a sociedade brasileira.”, completou Eliziane.