BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Após a votação pela Câmara da 2ª denúncia contra o presidente Temer – arquivada como a primeira – chegou a hora de votar a polêmica Reforma da Previdência. Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o caminho está livre e o Brasil precisa precisa ” sob pena de quebrar'”.

É provável que a votação ocorra até o fim de novembro, na Câmara. Criticada por setores que ganham os melhores salários do país, como servidores públicos federais, a reforma ainda deve enfrentar grande resistência até chegar ao Senado. Relator do projeto, o deputado Arthur Maia (PPS/BA), diz que a reforma da Previdência Social “não é do governo”, mas, sim, da sociedade brasileira, que discutiu as regras durante meses.

Maia fez questão de destacar que “uma coisa é o senhor Michel Temer”, que vai ser julgado quando deixar o mandato – por obstrução de Justiça e organização criminosa, e “outra coisa” é a reforma da Previdência, “que é da sociedade brasileira”. O Palácio do Planalto foi o autor do texto, enviado para o Congresso Nacional no final de 2016.

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Maia defende que as regras atuais são “exóticas”, porque pouquíssimos países do mundo permitem a aposentadoria apenas pelo tempo de contribuição. “Nós temos aqui na América apenas o Brasil e o Equador, mais dois na África e dois nos Oriente Médio. Isso por si só já é uma razão para fazer a reforma”, opinou.

Ele enalteceu também que todos os trabalhadores da iniciativa privada seguirão as mesmas regras que os servidores público. Segundo ele, nos últimos anos o Brasil inventou mudanças constitucionais para favorecer várias categorias do funcionalismo público. “Era tanta PEC pedindo autonomia que resulta só no aumento de salário. Vai chegar um dia que o presidente da República vai ser eleito e, em vez de sentar com os três poderes, vai se juntar com 50 categorias para definir o futuro do país”, criticou.

Maia finalizou que “o grande lobby” que é feito contra a reforma da Previdência vem dos funcionários públicos. “Das cerca de 200 audiências públicas que fiz não teve um representante do trabalhador rural, nem teve pobre. Das 200, 190 foi do lobby do funcionalismo público, que tem dinheiro para bancar sindicatos e fazer viagem para Brasília para influenciar a decisão”, apontou.

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